Mané Garrincha, o "anjo das pernas tortas". Nasceu com uma perna maior do que a outra e com deformações nos joelhos. Fez das aparentes fraquezas a sua principal força (e singularidade).
Fala-se muito em Pelé, e na particularidade de ter participado em três triunfos em Mundiais, mas em dois deles foi Garrincha o jogador mais decisivo: na Suécia, em 1958, e, sobretudo, no Chile, em 1962.
Se Lucky Luke era mais rápido do que a própria sombra, Garrincha seria bem capaz de fazer um túnel à sua.
Aos paladinos do mundo-que-começou-quando-nascemos, ou do o-futebol-era-fácil-naquele-tempo, quero (re)lembrá-los do seguinte: as condições são fruto da era em que se aparece. Se aqueles jogadores aparecessem agora, usufruiriam, como os que jogam presentemente, destas mesmas condições.
Ao Jorge Mendes, com carinho: que tenha juízo.

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