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Foto do escritorPaulo César Gonçalves

ADVENTO

Antigamente (quando éramos crianças), no primeiro domingo de Dezembro, o meu Pai agarrava em mim e na minha irmã, ao início da tarde, e rumávamos a Rendufe, terra dos meus Avós, para a recolha de um Pinheiro, de ramos de eucalipto e carvalho, de pedras e de musgo.


O local era sempre o mesmo: junto ao cemitério paroquial, no monte que serviu de trabalho ao meu Avô durante parte da sua vida. Era dali, num muro feito de pedras toscas de granito, que retirávamos os pequenos tapetes verdes que iriam calçar o presépio de casa. O meu Pai costumava cortar a copa a um Pinheiro: Seria esse topo que serviria de Árvore de Natal. As pedras e os verdes eram simplesmente apanhados, tanta era a oferta.


Os meus Avós moravam mesmo ao lado, numa modesta casa de 3 divisões. Ela para lá que seguíamos, após esse ritual. A lareira estava sempre acesa, e o Natal, ainda por vir, já cheirava a fumo.



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