"Joker" estreou há sensivelmente um ano.
Na altura, teve um certo condão de trazer para o debate público/social a desvalorização/preconceito em torno das doenças mentais.
Eu diria que, mais do que isso, no filme, é notória a tentativa de relacionar a prevalência/estigma em torno dessas enfermidades com o tipo de políticas seguidas por um capitalismo canibal (a vários níveis).
Mas a discussão, como se percebe(u), não passou de uma moda fofinha/cosmopolita/urbano-depressiva.
Estamos, por via das circunstâncias, numa época perfeitamente atípica (a não ser pela explosão de casos do género), mas não para quem padece dessas enfermidades: é que esses doentes continua(ra)m e continuarão doentes e o restante da sociedade vai persistir com o costume de rotulá-los de preguiçosos (ou inaptos).
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