Paris, 29 de Novembro de 2020: manifestações contra a brutalidade policial e lei da segurança global. As autoridades avançam com números na casa das 100 mil pessoas; os organizadores, com certeza covidiotas, terraplanistas, extremistas, teóricos da conspiração, radicais e anti-vacinas, garantem um número a rondar o meio milhão.
Paris, terra que viu a Bastilha, a Comuna e o Maio de '68.
Toda a gente que participou nestas manifestações (houve outras, noutras cidades) vai falecer, ou quase, no espaço de quinze dias. É bom que se afixe a cara de todos, uma a uma, para não terem direito a ventilador (se estiverem no vai-não-vai).
Voltemos agora ao cerne da questão, o Largo da Oliveira e esses insurrectos dos Nicolinos (que abrem telejornais).
Nota: esta imagem não é de Paulo Freitas do Amaral (embora ele ande a tentar comprar o dom da ubiquidade).
A polícia francesa, os gendarmes franceses, que obedeceram às ordens dos seus superiores do governo colaboracionista fascista de Vichy, na recolha dos judeus do Vél d'Hiv' e de outros durante a guerra, são os antepassados daqueles que hoje, com o mesmo zelo, caçam migrantes, imigrantes sem documentos, vítimas de direitos humanos e manifestantes pacíficos que não aceitam o artigo n° 24, digno de George W.Bush…