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  • Foto do escritorPaulo César Gonçalves

"SER NICOLINO É TER OLHOS DE CRIANÇA NUM MUNDO QUE NÃO PÁRA DE ENVELHECER"



"Eu era criança, aí uns oito anos. Como morava perto do centro histórico, assistia, muito de vez em quando, às movimentações próprias das Nicolinas daquele tempo (década de 50).


(...)


O meu pai levou-me ao cortejo do Pinheiro, num desses anos. Ver aquela gente, homens feitos, descer a cidade enquanto estourava o som das caixas e dos bombos, marcou-me. Ainda hoje, que o oiço ao longe, me arrepia. (...)


Quando fui estudar para Santa Clara, procurei, dentro do que era possível naquele tempo, participar. Que Saudades!


Estive em muito lado, e vi muita coisa, coisas até que não queria. Mas as Nicolinas, que, para quem não sente, não serão nada de especial, estão à flor da minha pele. E, sem nunca a impor, passei a "febre" aos meus filhos, e agora aos meus netos. E continuará por aí adiante."


Testemunho de um senhor que se quis manter anónimo (de Urgezes, Guimarães).


FOTO: Helena Compadre.




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